
Anta de Arca
Description
Também conhecida como: Pedra da Arca /Anta do Espírito Santo d'Arca / Pedra dos Mouros. Localiza-se na vertente ocidental da Serra do Caramulo, próximo da povoação de Arca, no lugar de Paranho de Arca (Arca e Varzielas/ Oliveira de Frades/Viseu). O monumento localiza-se numa zona rural, com plantações de pinheiros e eucaliptos, destacando-se por se encontrar isolado em terreno plano e limpo de vegetação. Este monumento é descrito padre Luiz Cardoso, no seu "Diccionario geografico, ou Noticia histórica¿" publicado em 1747, voltando a ser citado nas "Memórias Paroquiais" em 1758, aludindo à antiguidade e monumentalidade desta estrutura - "pedra de … Também conhecida como: Pedra da Arca /Anta do Espírito Santo d'Arca / Pedra dos Mouros. Localiza-se na vertente ocidental da Serra do Caramulo, próximo da povoação de Arca, no lugar de Paranho de Arca (Arca e Varzielas/ Oliveira de Frades/Viseu). O monumento localiza-se numa zona rural, com plantações de pinheiros e eucaliptos, destacando-se por se encontrar isolado em terreno plano e limpo de vegetação. Este monumento é descrito padre Luiz Cardoso, no seu "Diccionario geografico, ou Noticia histórica¿" publicado em 1747, voltando a ser citado nas "Memórias Paroquiais" em 1758, aludindo à antiguidade e monumentalidade desta estrutura - "pedra de Arqua". Leite de Vasconcelos publica em 1896 uma pequena nota sobre o dólmen de Espirito - Santo de Arca, conhecido localmente como Pedra dos Mouros, apresentando uma descrição sumária, que inclui medidas, uma planta esquemática e uma fotografia, mencionando ainda que o monumento não teria sido escavado. Em 1910 classificado como Monumento Nacional. Volta a ser referida por A. de Amorim Girão, em 1921, como um dos mais emblemáticos monumentos da Serra do Caramulo e da região de Lafões, destacando-se na paisagem o chapéu sustentado por três grandes esteios Em 1957 é denominado Pedra de Arca nº 1, por L. de Albuquerque e Castro, O. da Veiga Ferreira e A. Viana, mencionando apenas o facto de ser um dólmen de grandes dimensões em mediano estado de conservação. Segundo Irisalva Moita (1966) trata-se de um monumento constituído por câmara poligonal de grande diâmetro e altura, com entrada marcada, virada a Este, sem corredor, característica comum no Norte do país. Atualmente do monumento é visível apenas a câmara, constituída por sete esteios (dos quais apenas três se apresentam inteiros) suportando a laje de cobertura, encontrando-se os restantes esteios partidos um pouco acima do nível do solo. A câmara tem cerca de 4,50m de comprimento por 3,75m de largura e 2,65m de altura e a laje de cobertura, de forma rectangular, cerca de 4,20m de comprimento por 3,20m de largura. As descrições do monumento, datadas do século XVIII, assemelham-se ao que ainda hoje podemos observar, destacando-se como elemento marcante da paisagem, ao qual se devem as designações de algumas povoações da zona. De referir ainda que Amorim Girão menciona os vestígios de uma mamoa a cerca de 20m para SE, onde possivelmente teria existido uma outra anta. Já Albuquerque e Castro, Veiga Ferreira e Viana referem a existência de duas outras mamoas nas proximidades - Pedra de Arca nº2, de grandes dimensões que deverá encerrar um dólmen, e nº3 da qual apenas resta a mamoa, mais tarde referidos por Irisalva Moita como Mamoa de Espinho e Anta de Espinho. O sítio encontrava-se duplicado com o monumento da Pedra dos Mouros - CNS 7498. [atualizado por I. Inácio, 4/03/19]
Archaeological Findings
-
Depositaries
-
Classification
Classificado como MN - Monumento Nacional
Conservation Status
-
References
Antas-capelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo. A Cidade de Évora (1996)
OLIVEIRA, Jorge de, SARANTOPOULOS, Panagiotis e BALESTEROS, Carmen (1996) - Antascapelas e capelas junto a antas no território português: elementos para o seu estudo. In A Cidade de Évora. Évora. 2ª série: 1, p. 287329.
Antiguidades Pré-históricas de Lafões. Contribuição para o estudo da Arqueologia de Portugal (1921)
GIRÃO, Aristides de Amorim (1921). Antiguidades Préhistóricas de Lafões. Contribuição para o estudo da Arqueologia de Portugal. Coimbra: Imprensa da Universidade, p. 68.
Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta. Ethnos (1966)
MOITA, Irisalva Nóbrega (1966) - Características predominantes do grupo dolménico da Beira Alta. In Ethnos. Lisboa. 5, p. 189277.
Diccionario geografico, ou noticia historica de todas as cidades, villas, lugares, e aldeas, Rios, Ribeiras, e Serras dos Reynos de Portugal e Algarve (1747)
CARDOSO, P. L. (1747). Diccionario geografico, ou noticia historica de todas as cidades, villas, lugares, e aldeas, Rios, Ribeiras, e Serras dos Reynos de Portugal e Algarve. Lisboa : Regia Offic. Silviana.
Dolmen de Espírito-Santo d'Arca (Beira Alta). O Arqueólogo Português (1898)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1898) - Dolmen de EspíritoSanto d'Arca (Beira Alta). In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série:4, p. 338339.
Extractos archeológicos das "Memórias Parochiaes de 1758". O Arqueólogo Português (1896)
AZEVEDO, Pedro A. de (1896) - Extractos archeológicos das "Memórias Parochiaes de 1758". In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série: 2, p. 6264; p. 8992; p. 136141; p. 177192; p. 252264; p. 305318.
Notas arqueológicas. IV - Sepulturas através dos tempos. Beira Alta (1947)
COELHO, José (1947) - Notas arqueológicas. IV Sepulturas através dos tempos. In Beira Alta. Viseu. 6:2, p. 99114.
Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal. Al-madan (2001)
RAPOSO, Jorge (2001) - Sítios arqueológicos visitáveis em Portugal. In Almadan. Almada. 2ª série: 10, p. 100157. BA: 0006a.
Location
40.6076627985497, -8.21355302155417