
Fortaleza de Faro / Muralhas de Faro
Description
A cidade de Faro localiza-se numa pequena elevação, a cerca de 20 m de altitude, junto á ria Formosa, detendo um importante papel nas rotas marítimas e um destaque administrativo desde o período romano. A muralha de Faro apresenta uma planta ovalada, cercando uma área de cerca de sete hectares, construída com blocos pétreos grosseiramente aparelhados, com reaproveitamento de materiais romanos e reforçada com torres de morfologia quadrangular e semicircular / heptagonal. Esta estrutura fortificada corresponde a um traçado tardo-romano, com sucessivas fases de remodelação e reconstrução, remetendo para modelos omíadas (século IX - X), com influências visigóticas e bizantinas. … A cidade de Faro localiza-se numa pequena elevação, a cerca de 20 m de altitude, junto á ria Formosa, detendo um importante papel nas rotas marítimas e um destaque administrativo desde o período romano. A muralha de Faro apresenta uma planta ovalada, cercando uma área de cerca de sete hectares, construída com blocos pétreos grosseiramente aparelhados, com reaproveitamento de materiais romanos e reforçada com torres de morfologia quadrangular e semicircular / heptagonal. Esta estrutura fortificada corresponde a um traçado tardo-romano, com sucessivas fases de remodelação e reconstrução, remetendo para modelos omíadas (século IX - X), com influências visigóticas e bizantinas. De época islâmica (emiral / califal, século IX - XI) conservam-se duas portas, a do Arco da Vila, possivelmente em cotovelo e a do Arco do Repouso. A alcáçova islâmica / castelo cristão, após a conquista da cidade no século XIII, situava-se no extremo sudoeste do espaço amuralhado, no local onde atualmente se localiza a Antiga Fábrica da Cerveja da Portugália (CNS 12635). Na época Moderna, desenvolveram-se vários projetos de reconstrução e adaptação das muralhas de Faro às novas tecnologias defensivas, nomeadamente à utilização da artilharia, com o objetivo de proteger a cidade de ataques corsários e de a fortalecer no contexto da Guerra da Restauração da Independência (1640 - 1668). A cerca moderna era constituída por cinco baluartes e dois meios baluartes. Nos finais do século XVIII e ao longo do século XIX, a cidade de Faro perde a sua importância militar, ocorrendo várias demolições nas muralhas, bem como a sua integração em edifícios particulares residenciais e industriais. (actualizado por C. Costeira, 21/05/2018).
Archaeological Findings
Lápides, colunas, estátua, moedas, lucernas, ancoras, anforas, mármores, fustes, inscrições, cofre com moedas.Terra sigillata sud-gálica muito fragmentada e material anfórico descontextualizado. Faiança e cerâmica comum de cronologia moderna. Pedestal de estátua de Aureliano, com inscrição - Museu Infante D. Henrique, Faro (Gonçalves, 2007).
Depositaries
Museu Arqueológico e Lapidar Infante D. Henrique
Classification
Classificado como IIP - Imóvel de Interesse Público
Conservation Status
-
References
A "villa" lusitano-romana da Torre de Palma (Monforte). O Arqueólogo Português (1962)
HELENO, Manuel (1962) - A "villa" lusitanoromana da Torre de Palma (Monforte). In O Arqueólogo Português. Lisboa. Nova série: 4, p. 313338.
Algumas moedas inéditas de Osssonoba. Vipasca (1998)
POIARES, Antonino de Carvalho (1998) - Algumas moedas inéditas de Osssonoba. In Vipasca. Aljustrel. 7, p. 5965.
Algumas notas acerca da pesca na antiguidade. O Arqueólogo Português (1968)
FERREIRA, Octávio da Veiga (1968) - Algumas notas acerca da pesca na antiguidade. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 3ª série: 2, p. 113133.
Arte visigótica em Portugal. O Arqueólogo Português (1962)
ALMEIDA, Fernando de (1962) - Arte visigótica em Portugal. In O Arqueólogo Português. Lisboa. Nova série: 4, p. 5278.
Bibliographia. O Arqueólogo Português (1906)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1906) - Bibliographia. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série:11, p. 321380.
Catalogue des inscriptions latines du Musée Leite de Vasconcellos. O Arqueólogo Português (1967)
LAMBRINO, Scarlat (1967) - Catalogue des inscriptions latines du Musée Leite de Vasconcellos. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 3ª série, 1, p. 123217.
Catálogo de Plomos Monetiformes de la Hispania Antigua (1987)
CASARIEGO, A., CORES, G. e PLIEGO, F. (1987). Catálogo de Plomos Monetiformes de la Hispania Antigua. 1987.
Coisas Velhas. O Arqueólogo Português (1917)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1917) - Coisas Velhas. In O Arqueólogo Português. Lisboa, 1ª série, 22, p. 107169.
Escultura romana em Portugal: uma arte do quotidiano (2007)
GONÇALVES, Luis Jorge Rodrigues (2007). Escultura romana em Portugal: uma arte do quotidiano. STVDIA LVSITANA (Série Monográfica do Museo Nacional de Arte Romano, Mérida), nº 2 2 Volumes (Texto e Imagens).
Essai sur le régne de l'empereur Aurélien (270-275) (1904)
HOMO, Léon (1904). Essai sur le régne de l'empereur Aurélien (270275).
Estudos sobre algumas estações da época luso-romana nos arredores de Setúbal. O Arqueólogo Português (1924)
COSTA, António Inácio Marques da (1924) - Estudos sobre algumas estações da época lusoromana nos arredores de Setúbal. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série: 26, p. 314328.
História do Museu Etnológico Português (1893-1914) (1915)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1915). História do Museu Etnológico Português (18931914). Lisboa: Imprensa nacional ,p. 445.
Inscripção romana de Ossonoba. O Arqueólogo Português (1900)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1900) - Inscripção romana de Ossonoba. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série: 5, p. 4344.
Inscrições antigas e modernas da Cidade de Faro. Anais do Município de Faro (1981)
ROSA, José António Pinheiro e (1981) - Inscrições antigas e modernas da Cidade de Faro. In Anais do Município de Faro. Faro. 11, p. 95190.
Inscrições latinas do Algarve. Revista Archeologica (1889)
FIGUEIREDO, A. C. Borges de (1889) - Inscrições latinas do Algarve. In Revista Archeologica. Lisboa. 3, p. 119126.
Inscrições romanas do Conventus Pacensis: subsídios para o estudo da romanização (1984)
ENCARNAÇÃO, José d' (1984). Inscrições romanas do Conventus Pacensis: subsídios para o estudo da romanização. Coimbra:Instituto de Arqueologia da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, 2 vols., p. 941.
Moedas de chumbo, da época romana, cunhadas no actual território português. Numismática (1987)
FARIA, António José Marques de (1987) - Moedas de chumbo, da época romana, cunhadas no actual território português. In Numismática. Lisboa. 14: 47, p. 24 28.
O Algarve Islâmico. Roteiro por Faro, Loulé, Silves e Tavira. Acção Piloto de Cooperação Portugal-Espanha-Marrocos (2002)
CATARINO, Helena (2002) - O Algarve Islâmico. Roteiro por Faro, Loulé, Silves e Tavira. In Acção Piloto de Cooperação PortugalEspanhaMarrocos.
Ossonoba. O problema da sua localização. Revista de Guimarães (1952)
VIANA, Abel (1952) - Ossonoba. O problema da sua localização. In Revista de Guimarães. Guimarães. 62:34, p. 259285.
Povoações portuguesas vindas do passado. O Arqueólogo Português (1933)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1933) - Povoações portuguesas vindas do passado. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série: 29, p. 189209.
Protecção dada pelos Governos, Corporações Oficiais e Institutos Scientificos d'Archeologia - Verbas destituidas pelo Governo Allemão e Explorações no Egipto e na China. O Arqueólogo Português (1906)
AZEVEDO, Pedro A. de (1906) - Protecção dada pelos Governos, Corporações Oficiais e Institutos Scientificos d'Archeologia Verbas destituidas pelo Governo Allemão e Explorações no Egipto e na China. In O Arqueólogo Português. Lisboa. 1ª série:11, p. 229233.
Reflexões sobre a epigrafia romana de Ossanoba. Conimbriga (1984)
ENCARNAÇÃO, José d' (1984) - Reflexões sobre a epigrafia romana de Ossanoba. In Conimbriga. Coimbra. 23, p. 1318.
Religiões da Lusitânia II (1905)
VASCONCELLOS, José de Leite de (1905). Religiões da Lusitânia II. Lisboa. Imprensa Nacional Casa da Moeda, p. 372.
Restos de Ossónoba no Largo da Sé em Faro. Revista do Sindicato Nacional dos Engenheiros Auxiliares, Agentes Técnicos de Engenharia e Condutores (1949)
VIANA, Abel (1949) - Restos de Ossónoba no Largo da Sé em Faro. In Revista do Sindicato Nacional dos Engenheiros Auxiliares, Agentes Técnicos de Engenharia e Condutores. Lisboa. 4:3940, p. 358373; 4:4142, p. 409414; 4:4344, p. 446454, il.; 4:4546, p. 488492.
Studia sull'Epigrafia di Aureliano. Aureliano - Aufstieg und Niedergang der Römischen Welt (1961)
SOTGIU, Giovanna (1961) - Studia sull'Epigrafia di Aureliano. In Aureliano Aufstieg und Niedergang der Römischen Welt.
Subsídios para um catálogo da escultura luso-romana (1966)
MATOS, José Luís Martins de (1966). Subsídios para um catálogo da escultura lusoromana.
Traité d'epigraphie romaine
CAGNAT, René (). Traité d'epigraphie romaine. Paris.
Location
37.013237, -7.933077