
Anta 2 da Herdade da Água Doce / Anta Grande do Caminho da Fanica
Description
A Anta 2 da Herdade da Água Doce ou Anta Grande do Caminho da Fanica localiza-se numa pequena elevação, cerca de 300m a nordeste do Monte da Água Doce, ao km 495,4 da EN2, nas proximidades da Anta 1 da Herdade da Água Doce/Anta de Vale Beiró (CNS 17170) e da Anta 3 da Herdade de Água Doce/Anta Pequena do Caminho da Fanica (CNS 17172). A grande dimensão desta anta, sobranceira às outras duas que formam este conjunto, confere-lhe uma posição de destaque. Trata-se de um monumento megalítico intervencionado por Manuel Heleno na década de 30 do século XX, constituído … A Anta 2 da Herdade da Água Doce ou Anta Grande do Caminho da Fanica localiza-se numa pequena elevação, cerca de 300m a nordeste do Monte da Água Doce, ao km 495,4 da EN2, nas proximidades da Anta 1 da Herdade da Água Doce/Anta de Vale Beiró (CNS 17170) e da Anta 3 da Herdade de Água Doce/Anta Pequena do Caminho da Fanica (CNS 17172). A grande dimensão desta anta, sobranceira às outras duas que formam este conjunto, confere-lhe uma posição de destaque. Trata-se de um monumento megalítico intervencionado por Manuel Heleno na década de 30 do século XX, constituído por uma câmara de planta poligonal (com cerca de 3,50m de diâmetro e 2,40m de altura) formada por sete esteios (seis dos quais conservados e um outro tombado para o exterior), sem laje de cobertura. No interior da câmara há um grande monólito. O corredor, orientado a Este, com cerca de 2,20m de comprimento, apresentava duas lajes do lado Norte e três do lado Sul. A mamoa ainda é identificável e seria de dimensão considerável, tendo aproveitado a existência de uma elevação natural com destaque na paisagem. No interior do monumento recolheu-se um conjunto reduzido de peças, constituído por uma lâmina de chert de grandes dimensões, um núcleo de quartzo hialino, um polidor de grés e fragmentos incaracterísticos de cerâmica. As características arquitectónicas e artefactuais desta anta permitem enquadrá-la cronologicamente no Neolítico Final / Calcolítico (3500 - 2000 a. C.). Em 2021 foi alvo de Trabalhos Arqueológicos (por Leonor Rocha) para reposição de um dos esteios do corredor, que havia sido retirado por um particular em 2018.
Archaeological Findings
No interior do monumento recolheu-se um conjunto reduzido de peças, constituído por uma lâmina de chert de grandes dimensões, um núcleo de quartzo hialino, um polidor de grés e fragmentos incaracterísticos de cerâmica. À superfície do terreno observam-se inúmeros fragmentos cerâmicos (cerâmica de torno).
Depositaries
Museu Nacional de Arqueologia
Classification
Em Vias de Classificação (Homologado como MN - Monumento Nacional)
Conservation Status
Regular
References
Cadernos de Campo (Inéditos)
HELENO, Manuel (). Cadernos de Campo (Inéditos). MNA.
Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen. Madrider Forschungen (1959)
LEISNER, Georg e LEISNER, Vera (1959) - Die Megalithgraber der Iberischen Halbinsel: der Westen. In Madrider Forschungen. Berlim: Walter de Gruyter & Co. (Madrider Forschungen, Bd. 1:2).
Monumentos megalíticos do concelho de Coruche. Actas do 3º Congresso de Arqueologia Peninsular. Neolitização e Megalitismo da Península Ibérica. Vila Real 1999 (2000)
SANTOS, A. C. (2000) - Monumentos megalíticos do concelho de Coruche. In Actas do 3º Congresso de Arqueologia Peninsular. Neolitização e Megalitismo da Península Ibérica. Vila Real 1999. Porto: ADECAP. Vol. 3, p. 487504.
Origens do Megalitismo Funerário no Alentejo Central: A Contribuição de Manuel Heleno (2005)
ROCHA, Leonor Maria Pereira (2005). Origens do Megalitismo Funerário no Alentejo Central: A Contribuição de Manuel Heleno. Tese de doutoramento apresentada à FLUL em 2005.
Roteiro Megalítico de Coruche (2009)
MARTINHO, Carla (2009). Roteiro Megalítico de Coruche. Coruche, 2009.
Location
38.8239, -8.194359