Default background

Lisboa Monumento

Description

A cidade de Lisboa sobrepõe-se a Olisipo, que sabemos ter sido um importante nó na rede de comunicações terrestres e marítimas, não só da Lusitania como de toda a fachada atlântica da Hispania. Em termos viários, é o ponto de origem do itinerário que se dirige a Bracara Augusta que, até Scallabis, partilharia o percurso com os dois itinerários que… More ...

Princeton Encyclopedia of Classical Sites (PECS)

Additional PECS Content

OLISIPO (Lisbon) Estremadura, Portugal.

Mentioned by Ptolemy (2.5), Strabo (3.3.1), Mela (3.1), and Pliny (HN 4.22). Isidore of Seville and the Ravenna Cosmographer call the city Ulyssipona and Olisipona respectively, from which the name Lisbon is derived. A settlement existed here in the Late Palaeolithic Age. Of the topography and history of the Roman city little is known. The site was occupied by the Romans in 138 B.C. The tradition according to which Cato the Censor was in Olisipo in 195 B.C. rests on an inscription now considered unreliable. According to Strabo, in 138 B.C. the consul Decimus Junius Brutus fortified the city, but it is not clear whether he encircled the existing village with fortifications or simply built a permanent castrum beside it. Pliny calls Olisipo Felicitas Julia and is uncertain whether it received this designation from Julius Caesar or Octavian. Also uncertain is the date when Olisipo was granted the status of municipium, mentioned by Pliny and confirmed by inscriptions.

No traces of the network of streets or the circuit of fortifications has been found, but it is likely that Olisipo, like Ebora, Pax Iulia, Egitania, Conimbriga, and other cities of Lusitania, was fortified at least by the end of the 3d or the beginning of the 4th c. The Roman city occupied the S and W slopes of the mountain where the Castelo de S. Jorge was later erected. On the S it certainly extended to the Tejo, and on the W at least to the present-day Rua da Prata, where there were some baths and a temple. The only remains of Roman public buildings are those of a theater and of the baths of the Augustales. The theater lies between Saudade and S. Mamede (Caldas) streets and was built in the time of Nero. Gaius Heius Primus, flamen augustalis, erected the proscenium and orchestra at his own expense. To judge from the representation of Lisbon on the royal pendent seal of 1352, the theater was then still well preserved, but it had disappeared by the time of Renaissance descriptions of Lisbon. In 1798 the proscenium, orchestra, and first seats of the cavea were discovered and a plan was published in 1815. Building again covered the site until recently, and the remains have not yet been completely excavated.

The baths under the Rua da Prata were built in the time of Tiberius, but no traces have been found of the other bath, reconstructed in A.D. 336, on the Rua das Pedras Negras.

Olisipo was supplied with water by an aqueduct about 10 km long which ran from below a dam, the dike of which is preserved. The dike is 50 m long and 7 m thick and is reinforced; part of it still stands 8 m high. The 3d c. A.D. date for its construction is uncertain.


BIBLIOGRAPHY

A. Vieira da Silva, Epigrafia de Olisipo (1944); F. de Almeida, “Notícias sobre o teatro de Nero, em Lisboa,” Lucerna (1966) 561-71.

J. ALARCÃO

Monument Information

Information

Monument ID
Name
Lisboa
Description
A cidade de Lisboa sobrepõe-se a Olisipo, que sabemos ter sido um importante nó na rede de comunicações terrestres e marítimas, não só da Lusitania como de toda a fachada atlântica da Hispania. Em termos viários, é o ponto de origem do itinerário que se dirige a Bracara Augusta que, até Scallabis, partilharia o percurso com os dois itinerários que se dirigem à capital provincial pelo vale do Tejo. Todas as infraestruturas viárias de Olisipo até hoje identificadas parecem estar relacionadas com estes três itinerários ou com vias periurbanas.O grande tabuleiro viário posto a descoberto na Praça da Figueira, em torno do qual se estruturava um espaço de necrópole monumentalizada, faria parte de um eixo que atravessava longitudinalmente o vale da antiga ribeira de Valverde pela Corredoura medieval (atual ruas das Portas de Santo Antão e São José), seguindo em direção aos campos de Alvalade para daí atingir a várzea de Loures e seguir pelo vale do Tejo até Santarém. Na rua da Regueira, em Alfama, também foi identificado um troço de via que se integraria num a estrada com o mesmo destino mas que saía da cidade pela área oriental (R. B. Silva, 2012, pp. 83–84). Já a infraestrutura descoberta no atual Núcleo Arqueológico da Rua dos Correeiros (Bugalhão, 2001), que acompanharia a orientação do decumanus, faria parte da estrutura viária periurbana de Olisipo, servindo a circulação de pessoas e bens na área industrial e portuária que existia na margem esquerda do esteiro do Tejo, fazendo a ligação à zona ocidental eventualmente através de uma ponte, que se encontra documentada em época medieval (Bugalhão, 2001, pp. 57–58).A ligação viária com o sul tinha a travessia do rio como ponto inicial ou final, sendo pois natural que as únicas infraestruturas que se lhe possam associar sejam as portuárias. J. Cardim Ribeiro propôs que esse ponto de embarque/desembarque, atribuível à via XII, se localizasse na Casa dos Bicos, considerando que o miliário aí descoberto marcaria o início da travessia em direção a Cacilhas (1982, nn. 44, p. 431–438). Na realidade, o monumento foi encontrado em claro contexto de reutilização, não sendo certa a sua localização original (Amaro & Miranda, 2002, pp. 16–18). Mesmo que se admita que tenha sido deslocado de um local próximo, fará mais sentido que estivesse integrado na estrada que saía de Olisipo em direção a Ierabriga pela zona oriental da cidade, na qual estaria também integrado o miliário referenciado no mosteiro de Chelas, ainda que também este em contexto de deposição secundária (V. Mantas, 2012a, pp. 16–17).Por outro lado, dados recentes sobre a ocupação ribeirinha de Olisipo (Fabião, Filipe, Dias, Gabriel, & Coelho, 2008; Parreira, Macedo, Sarrazola, & Braga, 2013), parecem demonstrar que toda a frente estuarina – pelo menos desde Belém até ao Campo das Cebolas – seria intensamente ocupada por infraestruturas portuárias e industriais não existindo provavelmente um ponto único de acostagem de embarcações.
Compiler Organization
Universidade de Lisboa
Compiler Person
Maria José de Almeida
Compilation Date
2012-03-17
Last Update
2016-07-07

Monument Types

cities (cidades) AAT: 300008389 ports (portos) AAT: 300120599 primary roads (estradas principais) AAT: 300008283 milestones (miliários) AAT: 300006973 epigraphs (epígrafes) AAT: 300028719

Historical Locations

  • Olisipo
    Certainty: segura Period: Época romana

Current Location

  • Santa Maria Maior, Lisboa, Lisboa, Portugal

Time Periods

  • 0276-07-01 - 0282-09-30
    Period: reinado de Probo Component: miliário Method: Texto
  • Period: Época romana Method: Contexto histórico
  • Period: Antiguidade tardia Method: Contexto histórico

Geographic Information

  • Coordinates: 38.71319183803249, -9.130166273752542
    Accuracy: confiável
    Feature Type: Point
    CRS: ETRS89 / Portugal TM06

Location

38.71319183803249, -9.130166273752542