
Torre das Arcas
Description
Desde o final do séc. XIX que são divulgadas notícias de achados de época romana na área da Torre das Arcas. A ocupação mais conhecida é a necrópole escavada por A. Viana e A. Dias de Deus (Viana, Deus 1955a) em meados do séc. XX, mas que terá sido pela primeira vez identificada em 1897 (Pires 1931, p. 114).Numa leitura atenta da informação public…
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Monument Information
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Torre das Arcas
Description
Desde o final do séc. XIX que são divulgadas notícias de achados de época romana na área da Torre das Arcas. A ocupação mais conhecida é a necrópole escavada por A. Viana e A. Dias de Deus (Viana, Deus 1955a) em meados do séc. XX, mas que terá sido pela primeira vez identificada em 1897 (Pires 1931, p. 114).Numa leitura atenta da informação publicada deduz-se que a necrópole fazia parte de um amplo complexo edificado que incluía os vestígios identificados como Pomarinho da Torre das Arcas (CNS 5704). Aliás, a distinção entre os dois sítios arqueológicos parece ser funcional: quando se refere a ocupação funerária a designação usada é “Torre das Arcas”, ao passo que a descrição de testemunhos de edifícios residenciais ou estruturas hidráulicas é sempre atribuída ao “Pomarinho”.Não existem elementos que permitam georreferenciar com rigor o local onde foram escavadas as sepulturas, habitualmente, se faz coincidir com as atuais edificações da Quinta da Torre das Arcas. A. Carneiro (2011, vol. 2, pp. 142–143)descreve com detalhe a distribuição dos vestígios observados no terreno que se estendem por cerca de um hectare, aproximadamente 500m a norte das construções contemporâneas, e nas imediações da Anta 1 da Torre das Arcas (CNS 7339). Trata-se muito provavelmente de uma uilla, sendo reconhecidos restos de pavimentos em mosaico e elementos decorativos em mármore, dois quais se destaca uma “pedra lavrada com roseta”, recolhida para o museu de Elvas em 1881. Este elemento estaria associada a a um tanque revestido a cimento [opus signinum?] no qual servia “sem dúvida de sumidouro de águas” ([Vestígios de construções enterradas no Foral Torre das Arcas] 1881). A descrição é sugestiva da existência de uma área termal, sobretudo pela semelhança com a descrição das termas na Herdade do Carrão (n.º 120) feita por A. Viana, mas não passa de uma hipótese pouco fundamentada.Já a existência de estruturas hidráulicas é mais certa, sendo ainda observáveis restos de um aqueduto, conservado em cerca de 8m de comprimento (Carneiro 2011, vol. 2, p. 143), e do paredão de uma barragem (Quintela, Cardoso, Mascarenhas 1987, p. 38).Na necrópole são documentados os ritos de incineração e inumação, tendo presumivelmente uma larga diacronia de utilização. O espólio estudado centra-se entre os inícios do séc. II e o final do séc. III, mas algumas das sepulturas de inumação sem qualquer espólio podem ser mais tardias. De acordo com a informação disponível, não é possível saber que tipo de relação tem a necrópole com a área edificada.Um documento de 1517 refere uma torre ou atalaia “que ao tempo se erguia nesta herdade - torre de que já não se encontram vestígios, mas que ainda estava em pé em 1667” (Almada [s.d.]).
Compiler Organization
Universidade de Lisboa
Compiler Person
Maria José de Almeida
Compilation Date
2013-11-01
Last Update
2016-03-22
Monument Types
necropolises
(necrópoles)
AAT: 300000372
villas
(uillae)
AAT: 300005517
aqueducts
(aquedutos)
AAT: 300006165
dams
(barragens)
AAT: 300006084
Current Location
- São Brás e São Lourenço, Elvas, Portalegre, Portugal
Time Periods
-
Period: Época romana Method: Contexto arqueológico
Geographic Information
-
Coordinates: 38.86364086702719, -7.219627787769472Accuracy: confiávelFeature Type: PointCRS: ETRS89 / Portugal TM06
Nearby Points of Interest
Location
38.86364086702719, -7.219627787769472