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Herdade do Pinheiro

Description

Grande olaria que fabricou ânforas, contentores de uso comum e material de construção. Alternando períodos de maior com menor actividade, terá estado em laboração contínua desde os inícios do séc. I ao séc. V.Durante uma primeira fase (datável dos séc. I a II) parece não ter tido qualquer função além da produtiva, sendo possível que já no baixo im… More ...

Monument Information

Information

Monument ID
Name
Herdade do Pinheiro
Description
Grande olaria que fabricou ânforas, contentores de uso comum e material de construção. Alternando períodos de maior com menor actividade, terá estado em laboração contínua desde os inícios do séc. I ao séc. V.Durante uma primeira fase (datável dos séc. I a II) parece não ter tido qualquer função além da produtiva, sendo possível que já no baixo império acumulasse também funções residenciais. No entanto, dessa fase de ocupação, não foram identificadas até ao momento quaisquer estruturas além das destinadas ao fabrico cerâmico, baseando-se essa interpretação no padrão de materiais de importação, que atestaria a permanência de habitantes no local. Um edifício interpretado como “cozinha coletiva”, pertence à primeira fase, é tido como um testemunho da ocupação sazonal do complexo. Igualmente os trabalhos arqueológicos realizados entre 1990 e 1992 não confirmaram a existência da necrópole de que é dada notícia em trabalhos bibliográficos mais antigos (Mayet & Silva, 1998).As primeiras referências à ocupação romana do local são de A. de Resende que regista a existência de ruínas de uma povoação (Oppidi ruinae supersunt) e também um cipo epigrafado cuja inscrição transcreve (2009, pp. 280–281). E. Hübner começa por considerar a inscrição como fidedigna (1871, p. 24) mas vai reputa-la como falsa na publicação do Corpus Inscriptionum Latinarum (1869, CIL II 8*), baseando-se na na estranheza da titulatura imperial. Admitindo que possa a inscrição não seja falsa, tal como acontece com transcrições de marcos miliários na obra de Resende que tem vindo a ser reabilitadas pela investigação recente (cf. n.º 15 e 16), as anomalias da fórmula epigráfica podem resultar de erros de leitura do próprio Resende ou de quem lhe copiou a inscrição.Fica contudo em aberto a interpretação funcional do monumento: a peça encontra-se referida no capítulo dedicado às vias militares (Livro Terceiro) mas a palavra usada por Resende para a designar é cippus e não columna, como acontece com os marcos miliários que transcreve. O texto parece ter um carácter honorífico, sendo aliás próximo do texto de uma placa honorífica depositada na Câmara Municipal de Beja (IRCP 291), cuja leitura de A. de Resende também foi questionada por Hübner, mas comprovada mais recentemente (Canto, 2004, p. 336).
Compiler Organization
Universidade de Lisboa
Compiler Person
Maria José de Almeida
Compilation Date
2015-03-25
Last Update
2016-06-22

Monument Types

potteries (manufactories) (olarias) AAT: 300006310 epigraphs (epígrafes) AAT: 300028719 complexes (buildings) (complexos edificados) AAT: 300000202 kilns (fornos) AAT: 300022798

Current Location

  • Santa Maria do Castelo e Santiago e Santa Susana, Alcácer do Sal, Setúbal, Portugal

Time Periods

  • Séc.I - Séc.V
    Method: Contexto arqueológico

Geographic Information

  • Coordinates: 38.47885602179652, -8.715251994422848
    Accuracy: confiável
    Feature Type: Point
    CRS: ETRS89 / Portugal TM06

Location

38.47885602179652, -8.715251994422848