
Povoado romano de Tróia
Description
Ainda não se conhece o nome romano do aglomerado industrial de Tróia, mas pensa-se que foi planeado e construído de raiz, dividido em lotes, separados por ruas estreitas, onde as fábricas de salga de peixe seriam instaladas.
Até à data, foram ali identificadas 25 unidades de produção (oficinas) que, da primeira metade do século I à primeira m…
More ...
Tróia
Pleiades ID: 256485
production
settlement
Description
The site of a large Roman town located on the Troia peninsula on the left bank of the Sado river.
See Further
-
BAtlas 26 B3 TróiaAccessTalbert, Richard J. A., ed. Barrington Atlas of the Greek and Roman World. Princeton, N.J.: Princeton University Press, 2000. http://www.worldcat.org/oclc/43970336.
-
Tovar 1976, 215
-
TIR Emerita 157-58
-
Wikipedia (Portuguese) Ruínas romanas de TroiaAccessWikipédia: A enciclopédia livre que todos podem editar (2001-), Ruínas romanas de Troia.
-
PECS (Perseus), TROIA (“Caetobriga”) Alentejo, Portugal
Creators & Contributors
Jr.
F.H. Stanley
R.C. Knapp
R. Talbert
Johan Åhlfeldt
R. Warner
Jeffrey Becker
Sean Gillies
Sarah Bond
Tom Elliott
Citation Information
Jr., F.H. Stanley, and R.C. Knapp. "Tróia" Pleiades, 03 May 2014. https://pleiades.stoa.org/places/256485.
Last modified: 2014-05-03T16:04:06Z
Princeton Encyclopedia of Classical Sites (PECS)
PECS References
Additional PECS Content
TROIA (“Caetobriga”) Alentejo, Portugal.
The site of a large Roman town on the Troia peninsula on the left bank of the Sado river. It was settled at least by the 1st c. A.D. Ptolemy (2.5) mentions a city of Caetobrix S of Tejo, and the Antonine Itinerary cites a Catobriga in the same region. Some house facades, well aligned, were visible on the surface during the 19th c. in a region of Troia known as Rua da Princesa. At least two of these houses had two stories, and there were mosaics on the floors of the upper rooms facing on the main road. In one of the houses was found a hoard of bronze coins of the late Empire. A bath was also excavated; tanks for preparing garum were found along the river; and at the end of the 19th c. an Early Christian church was discovered and a round structure, perhaps a baptistery. One of the cemeteries of the city, Aldeira, contained over a hundred graves with rich grave goods. The finds are in the National Museum of Archaeology in Lisbon. There is some speculation that the site of Caetobriga lies in Setúbal, 32 km SE of Lisbon. The name seems to derive from Caetobriga. In the area occupied by the modern city the S. Sebastião hill could correspond to ancient Caetobriga. The Roman finds in Setúbal, although numerous, do not prove, however, that there was anything more than a small village there, like the many others that existed on the right bank of the mouth of the Sado.BIBLIOGRAPHY
Marques da Costa, “Estudos sobre algumas estacões da época luso-romana nos arredores de Setúbal,” O Archeólogo Português 29 (1930-31) 2-31I; F. Castelo-Branco, “Aspectos e problemas arqueológicos de Troia de Setúbal,” Occidente 65 (1963) 21f; F. de Almeida & J. L. Matos, “Frescos da ‘capela visigótica’ de Troia, Setúbal,” Actas do II Congresso Nacional de Arqueológia, Coimbra (1971) 529-33I. J. ALARCÃOMonument Information
Information
Monument ID
Name
Povoado romano de Tróia
Description
Aglomerado urbano. Povoado romano cujo desenvolvimento esteve relacionado com a actividade conserveira da salga de peixe, integrando numerosas cetárias, além do equipamento urbano característico dos povoados luso-romanos: habitações, termas, necrópole, columbário, basílica de quatro naves, com frescos de inspiração paleo-cristã, que se aproximam de outros em igrejas asturianas (ALMEIDA, 1971). O columbário (sepultura familiar) é um exemplar raro em território português. Junto à basílica existia uma construção circular, a N. da actual capela, provavelmente um baptistério, entretanto desaparecido, descrito por Marques da Costa (1933), que ainda viu um "crismon" pintado nas paredes da basílica, por ele interpretada apenas como uma capela sepulcral.
As ruínas do agregado populacional compreendem uma área habitacional, um balneário, quatro zonas de enterramento, um núcleo religioso, além de vários núcleos industriais. Ruínas de edifícios de habitação, de um e dois pisos, formando quarteirões separados por ruelas, algumas luxuosas com mosaicos em opus vermiculatum, estuques com pintura a fresco; balneário - com vestíbulo, frigidarium, tepidarium e caldarium sobre hipocaustum, piscinas e sala de ginástica; vestígios de mosaicos em opus vermiculatum numa das piscinas; necrópoles de tipologia diversa: sepulturas sobrepostas numa altura de 7 m (margem da Caldeira), sepultura de incineração de Galla, mausoléu de planta quadrada com nichos abertos nas paredes, para guardar urnas cinerárias, sepulturas de superestrutura quadrangular (junto à basílica); basílica paleo-cristã - com duas partes distintas: a nave (22,5 x 13 m.), com vestígios de 8 bases de colunas e de arranques de arcadas transversais, a ábside, a O., com pavimento mais elevado, paredes estucadas e pintadas a fresco, com marmoreados, elementos geométricos e emblemáticos; cetárias - grande número de tanques de salga rectangulares e quadrangulares, contíguos, forrados em opus signinum e sem comunicação, com poços de boca circular nas proximidades, para fornecer água para a salmoura.
Entre o espólio contam-se objectos de cerâmica, pesos de rede, lucernas, vidros, moedas, anzóis, agulhas de cozer rede, esculturas.
Cronologia
Séc. I - início da ocupação, que se prolongou até inícios do séc. 06, por povo luso-romano cuja principal actividade era a pesca, o fabrico e a exportação de conservas de peixe. A submersão de parte da povoação terá sido motivada por um fenómeno de transgressão marinha (fenómeno inicial de afundamento seguido de levantamento já com sedimentos), associado a vagas sísmicas e à acção erosiva do Sado (SILVA, 1966);
Séc. I - II - necrópole de incineração; séc. 03 - estrato de enterramentos por inumação na necrópole: Época Medieval - enterramentos superficiais (2 m.) na necrópole;
Bibliografia
APOLLINARIO, Maximiano, Estudos sobre Tróia de Setúbal, in O Arqueólogo Português, vol. 3, Lisboa, 1897;
COSTA, A. Marques da, Estudos sobre algumas estações da época luso-romana nos arredores de Setúbal, in O Arqueólogo Português, vol. 26, Lisboa, 1924, vol. 27, Lisboa, 1929; vol. 29, Lisboa, 1933;
SILVA, Carlos Tavares da, CABRITA, Mateus Gonçalves, O problema da destruição da povoação romana de Tróia de Setúbal, in Revista de Guimarães, vol. 76, Guimarães, 1966;
ALMEIDA, Fernando de, MATOS, José Luís de, Frescos da Capela Visigótica de Tróia, Setúbal", in Actas do 2º Congresso Nacional de Arqueologia, vol. 2, Coimbra, 1971; ALARCÃO, Jorge, Portugal romano, Lisboa, 1974;
SOARES, Joaquina, Estação romana de Troia, Grândola, 1980; ALMEIDA, Carlos Alberto Ferreira de, Arte paleo-cristã da época das invasões, in História da Arte, vol. 2, Lisboa, 1986.
Número IPA Antigo: PT041505050001
Compiler Organization
CCA
Compiler Person
CCA
Compilation Date
2025-05-08
Last Update
2025-05-08
Monument Types
food processing plants
(fábricas de salga)
AAT: 300006335
water tanks
(tanques (água))
AAT: 300006203
buildings (structures)
(edifícios)
AAT: 300004792
Nearby Points of Interest
Location
38.486273, -8.884778