iti-XVIII-XVIII
Description
Ancient
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Marcos Miliários
A milha XVIII encontra-se assinalada por dois padrões: um dedicado a Tito e Domiciano (80 d.C.) e outro a Constâncio II (337-361 d.C.). A presença de um miliário do período inicial da construção da via (80 d.C.) e outro de uma época muito posterior (séc. IV) demonstra a importância continuada desta via ao longo de quase três séculos.
O Mistério da Mansio Salaniana
O início da milha XVIII é marcado por um amplo anfiteatro natural, com evidentes microtopografias artificiais, associadas, pela população local às ruínas da aldeia velha de Saim. Lemos et al. (2008) propõe para este local a mansio Salaniana, mencionada no Itinerário de Antonino às 21 milhas, tendo, para validação desta hipótese, realizado uma intervenção arqueológica.
No local, um amplo anfiteatro natural, são visíveis diversas anomalias microtopográficas e ruinas de estruturas em pedra, que a memória locar relaciona com a localização do lugar antigo da aldeia de Saim, ou Saim Velho, e que poderá corresponder ao lugar assinalado nas Inquirições do século XIII. São identificáveis amiúde, nas áreas limítrofes dos caminhos, fragmentos de cerâmicas comuns grosseiras e de cerâmicas laterícias, que parecem apontar para um contexto cronológico mais tardio.
É importante notar que a localização exata da mansio Salaniana continua a ser objeto de debate entre os arqueólogos. Enquanto Lemos et al. propõem a sua localização nas Chãs de Vilar (milha XVIII), o Itinerário de Antonino situa-a na milha XXI, possivelmente nas proximidades da atual aldeia de Saim ou Travaços.
Seria nesta a milha, segundo o Itinerário de Antonino, que se localizaria a Mansio Salaniana. Lemos et al. (2008) sugere que, a ser aqui e não em Chãs de Vilar, a mansio localizar-se-ia na aldeia de Travaços. Carvalho da Silva (1997) sugere o lugar do Pontido, onde identificou uma mancha de de materiais laterícios romanos.
Evidências Arqueológicas
No entanto, exceção feita aos taludes dos caminhos, a restante superfície encontra-se coberta por uma densa manta arbustiva que torna praticamente impossível a deteção de evidências arqueológicas móveis. São ainda visíveis as sondagens arqueológicas realizadas em 2006 por Francisco Sande Lemos e Ricardo Silva.
Monument Types
Location
41.703679, -8.295634