iti-XVIII-XXVII
Description
Ancient
Costa do Cruzeiro m.p.XXVII Miliário a Licínio implantado junto da estrada, a 100 m do Cruzeiro de S. João do Campo.
Marcos Miliários
Para esta milha encontram-se referenciados 5 padrões: um dedicado a Magnêncio (350-353 d.C.), posto no local de marcação atual da milha; um dedicado a Décio (250 d.C.), reaproveitado para fuste de cruzeiro, rematado por uma escultura de Cristo crucificado e abrigado num baldaquino, no lugar que recebe o mesmo nome, junto ao Museu da Geira; um dedicado a Vespasiano (78 d.C.), descrito por Frei Bernardo de Brito e por Matos Ferreira, que refere uma inscrição relativa à inauguração dos trabalhos de ampliação da milha XXVII; um, cuja inscrição se encontra ilegível, posto à margem da estrada nacional, em frente ao caminho de acesso para o Adro; e um outro, mencionado por Frei Brito da Cunha como fraturado à sua época e cuja notícia nos dá conta o Padre Matos Ferreira.
Hipóteses de Traçado
Lemos et al. (2008, 201-203) refere, em acordo com Amaro (1997), duas possibilidades de traçado:
- a) Depois do cruzeiro, a via seguiria pela EN até aos 710m, ponto onde virava para nascente, seguindo, grosso modo, paralela à estrada nacional até à Ribeira da Rocha, onde de novo entroncaria no mesmo traçado da EN 307.
- b) No cruzeiro a via seguiria para poente, seguindo paralela a um caminho que corta pela veiga um pouco antes da ponte de Eixões, nos campos chamados da Relva. Passaria a norte o sítio do Adro Velho, cruzando o Rio de Campos por poldras, entroncando novamente na estrada nacional aos 1252m.
Além destas hipóteses acadêmicas, existe também uma forte tradição local sobre o traçado: a população de São João do Campo tem por tradição que a Jeira passaria a Ponte, seguindo pelo caminho velho para a aldeia, a qual atravessaria pela rua que ainda hoje recebe o nome de Jeira, entroncando depois na estrada nacional no lugar dos Padrões, hoje cruzamento da rua da Jeira com a rua do Parque.
Location
41.745494, -8.2140599